segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Pan 2011 – Rubinho supera responsabilidade de substituir o vitorioso Bernardinho frente a seleção de vôlei masculina


Rubinho - Gaspar Nóbrega / Inovafoto / COB

Rubinho - Gaspar Nóbrega / Inovafoto / COB


Roberley Leonaldo chegou aos Jogos Pan-americanos Guadalajara 2011 com a incômoda tarefa de substituir o treinador mais vitorioso do vôlei brasileiro. Mas a campanha do Brasil em solo mexicano provou que o Rubinho cumpriu bem o seu papel de comandar o time no lugar de Bernardinho. Mesmo com um grupo formado por vários jogadores ainda jovens, ele conseguiu levar o país ao lugar mais alto do pódio pela quarta vez na competição.

Mesmo já tendo vivido a sensação da conquista de títulos importantes como integrante da comissão técnica da seleção brasileira, Rubinho admitiu ter sentido uma emoção diferente após a conquista do ouro em Guadalajara. “Tô muito feliz. É uma sensação ímpar. Representar o Brasil e ganhar uma medalha . É um sonho realizado. Mas divido os méritos dessa conquista com o Bernardinho e toda a comissão técnica”, comentou.

Rubinho destacou também o acerto na escolha do grupo que defendeu o Brasil nos Jogos. “Conheço bem o grupo que veio para cá. Fizemos uma mescla dos mais jovens com os mais experientes. Isso foi bom. A garotada precisava ver os mais velhos como espelho”, disse o treinador, que já havia sido vice-campeão com a seleção brasileira em um Torneio-Teste para Londres 2012 e também na Universíade deste ano.

O sucesso do time em Guadalajara, segundo Rubinho, se deve também a forma como o trabalho foi encarado desde o início. “Nunca achei que essa era uma equipe secundária. Sempre coloquei que era um time defendendo o Brasil no Pan”, explicou. Rubinho também defendeu a atuação do time na semifinal. “Não acho que o time tenha sido afobado. Jogar uma semifinal, às vezes, é mais difícil. O time entra pressionado e mais tenso. A partida, muitas das vezes, pode ser mais complexa do que a final”, analisou.

Consciente de que o resultado alcançado pelo time na quadra é fruto de um trabalho a longo prazo, Rubinho lembrou todo o investimento feito pela Confederação Brasileira de Vôlei nas últimas décadas. “Não é da noite para o time que a gente consegue resultados como esse. Isso vem de um trabalho desenvolvido há 30 anos pela CBV. Hoje contamos com um grupo de 16 jogadores prontos para entrar no time principal a qualquer momento e dar conta do recado”, afirmou, certo de que a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos não vai acirrar a briga por uma vaga no time principal. “Não haverá qualquer problema de concorrência para Londres. O grupo é unido. Os jogadores sabem que estão prontos, mas que tudo tem a sua hora”, finalizou.

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