Ele foi reserva da seleção brasileira masculina de vôlei nos Jogos Pan-Americanos, mas correspondeu sempre que chamado pelo técnico Rubinho para entrar na partidas. Mais: a confiança do time em Wallace Martins era tanta que ele recebeu a última bola do torneio em Guadalajara, o ponto que rendeu a medalha de ouro para o país.
Na última terça-feira, durante um evento em São Paulo, o oposto do Sesi revelou que a chance de decidir o jogo só aconteceu depois de insistir muito com o levantador Murilo Radke, no banco de reservas, durante a partida contra Cuba.
- Confesso que não esperava ter feito esse ponto. Estava no banco, podia haver a inversão e ficava falando para o Murilo: "dá a bola para mim, dá a bola para mim". Aí entramos no jogo, ele achou que eu era a melhor opção naquele momento e fiz o ponto.
Apesar de estar orgulhoso com o feito, Wallace fez questão de enaltecer o trabalho coletivo, marca registrada da seleção brasileira há alguns anos.
- É um carimbo, sem dúvida. Você está selando o fim de um campeonato, mas meu ponto foi tão importante quanto os demais. O importante foi o trabalho de toda a equipe.
Ao valorizar o grupo, Wallace também encontrou um bom argumento para justificar sua ausência no sexteto titular. Para ele, o fundamental não é começar jogando, mas ter sempre seu nome lembrado nas listas de Bernardinho.
- Prefiro pensar que foi meu primeiro ano na seleção e que estive na fase final da Liga Mundial, no Sul-Americano, no Pan. E ainda tenho a esperança de ir para a Copa do Mundo, no final do mês.
Outro fator apontado por Wallace foi o desgaste físico. Pela primeira vez na carreira, o atleta não teve férias. Após o título da Superliga, foi convocado para a Seleção. Meses depois, encarou uma longa viagem para o Qatar, onde disputou o Mundial de Clubes pelo Sesi. E finalizou, pelo menos momentaneamente, com o Pan.
- Vim de uma maratona entre clube e seleção. Nem sei quantos jogos fiz na temporada. Estou emendando um torneio atrás do outro. Estou cansado, mas muito satisfeito.
Mais dois anos no Sesi
Enquanto não sabe se disputará a Copa do Mundo, Wallace já começa a definir seu futuro no clube. Após atuar três anos no vôlei italiano e quatro no Bolívar, da Argentina, ele renovou contrato com o Sesi por mais duas temporadas.
- O Sesi vem com um trabalho a longo prazo e teve a preocupação de manter a base campeã. A maior valorização eles me deram foi terem renovado comigo. Eles me deram a chance de voltar ao Brasil depois de sete anos e agora estão acreditando que eu posso continuar rendendo.
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